terça-feira, 26 de abril de 2011

Um Lindo Ensinamento de um Preto - Velho (Vale a pena Ler)

     Dando início a uma destas reuniões mediúnicas num centro espírita orientado pela doutrina de Allan Kardec, foi feita a prece, a abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião.Quando se abriu o espaço destina à comunicação de espíritos necessitados, ocorreu o inesperado, a médium Letícia fica sob a influência de um espírito... O dirigente Sr. Antenor, como sempre fez nos seus vinte anos de prática espírita, deu-lhes as boas –vindas, em nome de Jesus.
    -Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade. O espírito respondeu :
    -Boa noite fio. Suncê me dá licença pra eu me aproxima de seus trabaios, fio?
    -Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir. – respondeu o dirigente da mesa. Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um Preto-Velho. A entidade continuou:
    -Vós mecê não tem aí uma bebida pra eu bebê, fio?
    -Não, não temos. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O espírito precisa evoluir – disse-lhe o Sr. Antenor.
    -Vósmecê, num tem aí um pito? To com vontade de pita um cigarrinho, fio;
    -Ora meu irmão, você deve deixar o mais b revê possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O Preto-Velho respondeu:
    -Preto Veio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos finar de semana? Vós mecê pode me explica a diferença que tem o seu espírito que beberica whisky do meu espírito que quer beber aqui dentro? Ou explica pra mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pita aqui dentro?
Sr. Antenor não pode explicar, mas resolveu arriscar:
    -Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita é preciso respeitar os trabalhos de Jesus.
    -Fio, ou se suncê preferi... Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar.

Houve grande silêncio diante de tal argumentação segura. Pouco depois, o Espírito continuou:

    -Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabaio. Vou-me embora pra donde vim, mas antes, fio, queria deixa a suncêis um conseio: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô, tem gente coando mosquito e engolindo camelos. Cuidado irmãos, muito cuidado. Preto-Véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militem nesta respeitável Seara.
     Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Sr. Antenor ainda quis perguntar-lhe o porque de falar “daquela forma”, mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem.”

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