sábado, 1 de setembro de 2012

Pergunta - 2 e Comentário

CAPÍTULO I
DE DEUS
Deus e o infinito
2. Que se deve entender por infinito?
“O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo que é desconhecido é  infinito.”

A GRANDEZA DO INFINITO
O infinito, como que desconhecido para todos nós, é a casa de Deus, cujas divisões escapam aos nossos sentidos, mesmo os mais apurados. O Pai Celestial está, por assim dizer, no centro de todas as coisas que existem e, ainda mais, se encontra onde achamos a permanência do nada.
Se acreditamos somente naquilo que vemos e que tocamos, somos os mais infortunados dos seres, pois, desta forma agem também os animais. A razão nos diz, e a ciência confirma pelas inúmeras experiências dos próprios homens, que o desconhecido tem maior realidade. O que as almas encarnadas não vêem e não podem tocar definem a existência de força energética, senão inteligência exuberante, capaz de nos mostrar a verdadeira grandeza do infinito em todas as direções do macro e do microcosmo.
Se sentimos dificuldade para definir o que é a vida, certamente não sabemos explicar o que é o infinito, que está configurado na ordem dos mistérios de Deus. Compete a nós outros darmos as mãos em todas as faixas da existência e alistarmo-nos na escola do Senhor sem perda de tempo, sem desprezar o espaço a nós oferecido, por misericórdia do Criador.
Estamos situados em baixa escala, no pentagrama evolutivo. Falta-nos a capacidade de discernir certas leis que regem o universo, como as leis menores que nos sustentam todos em plena harmonia, como micro vidas nos céus da Divindade. Devemos estudar constantemente, cada vez mais, no grande livro da natureza, cujas páginas somente encontraremos abertas, pela visão do amor. Nada errado existe na lavoura universal, o erro está em quem o encontra. Basta pensarmos que o perfeito nada faz sem o timbre da sua perfeição, para crermos que tudo se encontra onde deve estar e onde a vontade do Senhor desejar.
Vivemos em um mundo de duras provas, de reajustes em busca da harmonia. O Cristo é a porta dessa felicidade, nos ensinando a conquistar este estado d' alma com as nossas próprias forças, porque Deus sempre faz primeiro a Sua parte em nosso favor, em favor de todos os Seus filhos. Ninguém é órfão da Bondade Suprema.
O infinito é infinito para nós; para Deus é o Seu Lar, onde vibra o amor e onde o perfume exalante é a alegria na sua pureza singular. É de ordem comum nos planos superiores, que devemos começar pelas lições mais elementares, que nos despertam o coração, primeiramente, para a luz do entendimento.
Querer buscar entender o profundamente desconhecido, sem se iniciar nos rudimentos da educação espiritual, é perder tempo e andar nas perigosas e escuras estradas da ignorância. Se queremos conhecer alguma coisa, no que se refere ao infinito, principiemos na auto-educação dos costumes, observando quem já fez este trabalho, e copiemos suas lutas, que os céus da nossa mente abrir-se-ão e as claridades da sabedoria universal nos banharão com o esplendor da conscientização da Verdade.
Quem deixa para depois o conhecimento de si mesmo e tenta a sabedoria exterior, desconhece a verdadeira porta da felicidade. Cada Espírito é um mundo, um universo em miniatura, onde mora Deus e vibram todas as Suas leis, em ação compatível com o tamanho da individualidade. Assim, para entender o infinito da Criação, necessário se faz começar a entender o infinito da alma.

Livro dos Espíritos - pergunta 1 e comentário.

Parte Primeira
Das causas primárias
CAPÍTULO I

DE DEUS
Deus e o infinito
1. Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”

SUPREMA INTELIGÊNCIA
O primeiro interesse de Allan Kardec foi saber dos Espíritos quem era Deus e eles responderam dentro da maior simplicidade, mas com absoluta segurança: Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.
Não poderemos nos sentir seguros onde quer que estejamos, sem pelo menos alimentar a idéia de uma fonte criadora e imortal. O estudo sobre o Senhor nos dá um ambiente de fé que corresponde, na sua feição mais pura, à vontade de viver. Sentimos alegria ao entrarmos em contato com a natureza, pois ela fala de uma inteligência acima de todas as inteligências humanas, de um amor diferente daquele que sentimos, de uma paz operante nos seus mínimos registros de vida. O Deus que procuramos fora de nós está igualmente no centro da nossa existência, porque Ele está em tudo, nada vive sem a Sua benfeitora presença.
O Criador estabeleceu leis na Sua casa maior, que cuidam da harmonia na mansão divina, sem jamais esquecer do grande e do pequeno, do meio e dos extremos, para que seja dado, a cada um, segundo as suas necessidades. Não existe injustiça em campo algum de vida, pois cada Espírito ou coisa se move no ambiente que a sua evolução comporta; daí resulta o porquê de devermos dar graças por tudo o que nos é colocado no caminho.
É justo, entretanto, que nos lembremos do esforço individual, e mesmo coletivo, de sempre melhorar, como sendo a nossa parte, para alcançarmos o melhor. Aquele que acha que tem fé em Deus, mas que vive envolvido em lugares de dúvida, com companheiros que não correspondem às suas aspirações de esperança, ainda carece da verdadeira fé, iluminada pela temperatura do amor. É a confiança que requer reparo. Assim sucede com todas as virtudes conhecidas e, por vezes, vividas por nós.
Estudemos a harmonia do Universo, meditemos sobre ela, pedindo ao Mestre que nos ajude a compreender esse equilíbrio divino, porque se entrarmos em plena ressonância com a Criação sanar-se-ão todos os problemas, serão desfeitas todas as dificuldades e todos os infortúnios cessarão. Somente depois disso, pelas vias da sensibilidade e pelo porte espiritual que escolhemos para viver, é que teremos a resposta mais exata sobre o que é Deus.
Conhecer e Amar são duas metas que não poderemos esquecer em todos os nossos caminhos. Esses dois estados d'alma abrir-nos-ão as portas da felicidade, pelas quais poderemos viver em pleno céu, mesmo estando andando e morando na Terra. A Suprema Inteligência está andando conosco e falando constantemente aos nossos ouvidos, em todas as dimensões do entendimento, porém, nós ainda estamos surdos aos Seus apelos e passamos a sofrer as conseqüências da nossa ignorância. Todavia, o intercâmbio entre os dois mundos acelera uma dinâmica sobremodo elevada a respeito das coisas divinas, para melhor compreensão daqueles que dormem, e o Cristo, como guia visível através das mensagens, toca os clarins da eternidade anunciando novo dia de libertação das criaturas, mostrando onde está Deus e que é Deus, que nos espera, filhos do seu Coração, de braços abertos, como Pai de Amor.
Comentário: Miramez.

PROLEGÔMENOS

LE 008
Prolegômenos é uma longa introdução no começo de uma obra; é um conjunto de noções preliminares de uma ciência. Assim, em síntese, :
Fenômenos alheios às leis da ciência humana se dão por toda parte, revelando na causa que os produz a ação de uma vontade livre e inteligente.
A razão diz que um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos hão provado que essa força é capaz de entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais.
Interrogada acerca da sua natureza, essa força declarou pertencer ao mundo dos seres espirituais que se despojaram do invólucro corporal do homem. Assim é que foi revelada a Doutrina dos Espíritos.
As comunicações entre o mundo espírita e o mundo corpóreo estão na ordem natural das coisas e não constituem fato sobrenatural, tanto que de tais comunicações se acham vestígios entre todos os povos e em todas as épocas. Hoje se generalizaram e tornaram patentes a todos.
Os espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de Sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
Este livro é o repositório de seus ensinos. Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem obra daquele que recebeu a missão de os publicar.
Em o número dos Espíritos que concorreram para a execução desta obra, muitos se contam que viveram, em épocas diversas, na Terra, onde pregaram e praticaram a virtude e a sabedoria. Outros, pelos seus nomes, não pertencem a nenhuma personagem, cuja lembrança a História guarde, mas cuja elevação é atestada pela pureza de seus ensinamentos e pela união em que se acham com os que usam de nomes venerados.
Eis em que termos nos deram, por escrito e por muitos médiuns, a missão de escrever este livro:
"Ocupa-te, cheio de zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com o nosso concurso, pois esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases de um novo edifício que se eleva e que um dia há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade. Mas, antes de o divulgares, revê-lo-emos juntos, a fim de lhe verificarmos todas as minúcias.
"Estaremos contigo sempre que o pedires, para te ajudarmos nos teus trabalhos, porquanto esta é apenas uma parte da missão que te está confiada e que já um de nós te revelou.
"Entre os ensinos que te são dados, alguns há que deves guardar para ti somente, até nova ordem. Quando chegar o momento de os publicares, nós to diremos. Enquanto esperas, medita sobre eles, a fim de estares pronto quando te dissermos.
"Porás no cabeçalho do livro a cepa que te desenhamos (1), porque é o emblema do trabalho do Criador. Aí se acham reunidos todos os princípios materiais que melhor podem representar o corpo e o espírito. O corpo é a cepa; o espírito é o licor; a alma ou espírito ligado à matéria é o bago. O homem quintessência o espírito pelo trabalho e tu sabes que só mediante o trabalho do corpo o Espírito adquire conhecimentos.
"Não te deixes desanimar pela crítica. Encontrarás contraditores encarniçados, sobretudo entre os que têm interesse nos abusos. Encontrá-los-ás mesmo entre os Espíritos, por isso que os que ainda não estão completamente desmaterializados procuram freqüentemente semear a dúvida por malícia ou ignorância. Prossegue sempre. Crê em Deus e caminha com confiança: aqui estaremos para te amparar e vem próximo o tempo em que a
Verdade brilhará de todos os lados.
"A vaidade de certos homens, que julgam saber tudo e tudo querem explicar a seu modo, dará nascimento a opiniões dissidentes. Mas, todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão num só sentimento: o do amor do bem e se unirão por um laço fraterno, que prenderá o mundo inteiro. Estes deixarão de lado as miseráveis questões de palavras, para só se ocuparem com o que é essencial. E a doutrina será sempre a mesma, quanto ao fundo, para todos os que receberem comunicações de Espíritos superiores.
"Com perseverança é que chegarás a colher os frutos de teus trabalhos. O prazer que experimentarás, vendo a doutrina propagar-se e bem compreendida, será uma recompensa, cujo valor integral conhecerás, talvez mais no futuro do que no presente. Não te inquietes, pois, com os espinhos e as pedras que os incrédulos ou os maus acumularão no teu caminho. Conserva a confiança: com ela chegarás ao fim e merecerás ser sempre ajudado.
"Lembra-te de que os Bons Espíritos só dispensam assistência aos que servem a Deus com humildade e desinteresse e que repudiam a todo aquele que busca na senda do Céu um degrau para conquistar as coisas da Terra; que se afastam do orgulhoso e do ambicioso. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus. São um véu lançado sobre as claridades celestes, e Deus não pode servir-se do cego para fazer perceptível a luz."
São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc.
Questões para estudo e debate virtual
1 - Como a Doutrina Espírita foi revelada?
2 - Qual a missão dos Espíritos?
3 - Qual a missão de Kardec?
4 - Quais as recomendações dos Espíritos a Kardec?justificá-las.
5 - Como se dá a ação dos bons Espíritos?


Introdução, itens XVI a XVII,

LE 007
A NAO CONCEPÇAO HUMANA DA DOUTRINA: A Doutrina dos Espíritos não e de concepção humana. Foi ditada pelas próprias Inteligências que se manifestam, quando ninguém disso cogitava, quando ate a opinião geral a repelia. Ora onde foram os médiuns beber uma doutrina que não passava pelo pensamento de ninguém na Terra? Perguntamos ainda mais: por que estranha coincidência milhares de médiuns espalhados por todos os pontos do globo terráqueo, e que jamais se viram, acordaram em dizer a mesma coisa? Se o primeiro médium que apareceu na França sofreu a influencia de opiniões já aceitas na America, por que singularidade foi ele buscá-las a 2.000 léguas além-mar e no seio de um povo tão diferente pelos costumes e pela linguagem, em vez de as tomar ao seu derredor?
Também ainda ha outra circunstancia em que não se tem atentado muito. As primeiras manifestações, na França, como na America, não se verificaram por meio da escrita nem da palavra, e, sim, por pancadas concordantes com as letras do alfabeto e formando palavras e frases. Foi por esse meio que as inteligências, autoras das manifestações, se declararam Espíritos. Ora, dado se pudesse supor a intervenção do pensamento dos médiuns nas comunicações verbais ou escritas, outro tanto não seria licito fazer-se com relação as pancadas, cuja significação não podia ser conhecida de antemão.
Poderíamos citar inúmeros fatos que demonstram, na inteligência que se manifesta, uma individualidade evidente e uma absoluta independência de vontade. LE pag.45.
A CIENCIA ESPIRITA EH EXPERIMENTAL E FILOSOFICA: A ciência espírita compreende duas partes: experimental , relativa as manifestações em geral, filosófica, relativa as manifestações inteligentes. Aquele que apenas haja observado a primeira se acha na posição de quem não conhecesse a Física senão por experiências recreativas, sem haver penetrado no âmago da ciência. A verdadeira Doutrina Espírita esta no ensino que os Espíritos deram, e os conhecimentos que esse ensino comporta são por demais profundos e extensos para serem adquiridos de qualquer modo, que não por um estudo perseverante, feito no silencio e no recolhimento. Porque, só dentro desta condição se pode observar um numero infinito de fatos e particularidades que passam despercebidos ao observador superficial, e firmar opinião. Não produzisse este livro outro resultado alem do de mostrar o lado serio da questão e de provocar estudos neste sentido e rejubilaríamos por haver sido eleito para executar uma obra em que, alias, nenhum mérito pessoal pretendemos ter, pois que os princípios nela exarados não são de criação nossa. O mérito que apresenta cabe todo aos Espíritos que a ditaram. Esperamos que dará outro resultado, o de guiar os homens que desejem esclarecer-se, mostrando-lhes, nestes estudos, um fim grande e sublime: o do progresso individual e social e o de lhes indicar o caminho que conduz a esse fim. LE pag.46/47.
A EVOLUCAO: Se observa a serie dos seres, descobre-se que eles formam uma cadeia sem solução de continuidade, desde a matéria bruta ate o homem mais inteligente. Porem, entre o homem e Deus, Alfa e Ômega de todas as coisas, que imensa lacuna! Será racional pensar-se que no homem terminam os anéis dessa cadeia e que ele transponha sem transição a distancia que o separa do infinito? A razão nos diz que entre o homem e Deus outros elos necessariamente haverá, como disse aos astrônomos que, entre os mundos conhecidos, outros haveria, desconhecidos. Que filosofia já preencheu esta lacuna? O Espiritismo no-la mostra preenchida pelos seres de todas as ordens do mundo invisível e estes seres não são mais do que os Espíritos dos homens, nos diferentes graus que levam a perfeição. Tudo então se liga, tudo se encadeia, desde o alfa até o ômega. LE pag. 47.
Questões para estudo e debate virtual
1 - Qual a explicação e finalidade para a concepção não humana da Doutrina Espírita?
2 - Como se explica, no caráter científico, seu aspecto experimental e filosófico ?
3 - Qual a explicação para a afirmação de que "tudo se liga, tudo se encadeia, do alfa ao ômega"?

Introdução, itens XII a XV

LE 006
DA INFLUÊNCIA CORPORAL SOBRE O ESPÍRITO:
" Só os Espíritos que atingiram certo grau de purificação se acham libertos de toda influência corporal. Quando ainda não estão completamente desmaterializados conservam a maior parte das idéias, dos pendores e ate das manias que tinham na Terra, o que também constitui um meio de reconhecimento, ao qual igualmente, se chega por uma imensidade de fatos minuciosos, que só uma observação acurada e detida pode revelar." LE pág. 37.
A IDENTIDADE DO ESPÍRITO:
"Se a identidade de um espírito evocado pode, até certo ponto, ser estabelecida em alguns casos, razão não há para que não o seja em outros; A experiência nos ensina que os Espíritos da mesma categoria, do mesmo caráter e possuídos dos mesmos sentimentos formam grupos e famílias. Incalculável é o numero dos Espíritos e longe estamos de conhecê-los a todos; a maior parte deles não tem mesmo nomes para nos. Nada, pois, impede que um Espírito da categoria de Fenelon venha em seu lugar, muitas vezes ate como seu mandatário. Apresenta-se então com o seu nome, porque lhe e idêntico e pode substituí-lo e ainda porque precisamos de um nome para fixar as nossas idéias. Mas, que importa, afinal, seja um Espírito, realmente ou não, o de Fenelon? Desde que tudo o que ele diz e bom e que fala como o teria feito o próprio Fenelon, e um bom Espírito. Indiferente e o nome pelo qual se da a conhecer, não passando muitas vezes de um meio de que lança mão para nos fixar as idéias. Inegavelmente a substituição dos Espíritos pode dar lugar a uma porção de equívocos, ocasionar erros e, amiúde, mistificações. Essa e uma das dificuldades do Espiritismo pratico". LE, pág. 38.
ESTUDO DO ESPIRITISMO:
"Como pretender-se em algumas horas adquirir a Ciência do Infinito?
Ninguém, pois, se iluda: o estudo do Espiritismo e imenso; interessa a todas as questões da metafísica e da ordem social; e um mundo que se abre diante de nos. Será de admirar que o efetuá-lo demande tempo, muito tempo mesmo?" LE pág.39.
A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO SOBRE A FORMA:
"Pueril seria apontar contradição onde freqüentemente só ha diferença de palavras. Os Espíritos superiores não se preocupam absolutamente com a forma. Para eles, o fundo do pensamento e tudo."LE pág.39.
"Para os Espíritos, principalmente para os Espíritos superiores, a idéia e tudo, a forma nada vale. Livres da matéria, a linguagem de que usam entre si e rápida como o pensamento, porquanto são os próprios pensamentos que se comunicam sem intermediário. Muito pouco a vontade hão de eles se sentirem, quando obrigados, para se comunicarem conosco, a utilizarem-se das formas longas e embaraçosas da linguagem humana e a lutarem com a insuficiência e a imperfeição dessa linguagem, para exprimirem todas as idéias." LE pág.39.
UM PONTO DE VISTA ESPÍRITA:
"Ora, o verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista tão elevado; elas lhe parecem tão pequenas, tão mesquinhas, a par do futuro que o aguarda; a vida se lhe mostra tão curta, tão fugaz, que, aos seus olhos, as tribulações não passam de incidentes desagradáveis, no curso de uma viagem. O que, em outro, produziria violenta emoção, mediocremente o afeta. Demais, ele sabe que as amarguras da vida são provas úteis ao seu adiantamento, se as sofrer sem murmurar, porque será recompensado na medida da coragem com que as houver suportado. Suas convicções lhe dão, assim, uma resignação
que o preserva do desespero e, por conseguinte, de uma causa permanente de loucura e suicídio. Conhece também, pelo espetáculo que as comunicações com os Espíritos lhe proporcionam, qual a sorte dos que voluntariamente abreviam seus dias e esse quadro e bem de molde a fazê-lo refletir, tanto que a cifra muito considerável já ascende o numero dos que foram detidos em meio desse declive funesto. Este e um dos resultados do Espiritismo." LE pág.41/42.
QUESTÕES PARA ESTUDO
1) "A experiência nos ensina que os Espíritos da mesma categoria, do mesmo caráter e possuídos dos mesmos sentimentos formam grupos e famílias."
Explique essa afirmação, relacionando com as comunicações em nome de Espíritos conhecidos como Bezerra de Menezes, Irmã Scheilla, Fenelon, Galileu, etc.
2) Podendo os espíritos de uma mesma família usarem o nome de um outro da mesma família, como podemos ter certeza que não é um "impostor", isto é, não é um espírito desta família?
3) Como se comunicam os Espíritos Superiores? O que significa para eles, se comunicarem na nossa linguagem?


Introdução (itens IX, X e XI)

LE 005
A doutrina e seus contestadores, objeções, que espíritos?
"O movimento dos objetos é um fato comprovado. A questão é saber se nesse movimento, há ou não uma manifestação inteligente e, caso haja qual é a origem dessa manifestação" Kardec em Introdução de O Livro dos Espíritos.
- Kardec coloca nestes três itens ( 9,10 e 11) objeções que poderiam ser levantadas por seus opositores e de antemão esclarece aos mesmos.
- os fenômenos espíritas ocorrem em vários lugares ao mesmo tempo e com médiuns diferentes;
- não há charlatanismo, pois não há lucro. O trabalho é feito gratuitamente.
- não pode haver mistificação pois pessoas distantes que não se conhecem dão as mesmas respostas aos mesmos assuntos.
- não podem ser só uma ilusão, pois seriam muitas pessoas de bom senso sendo "iludidas"ao mesmo tempo e não se pode enganar a todos durante todo o tempo.
- quanto a linguagem dos espíritos sabemos que os mesmos não são iguais nem em conhecimento nem em qualidades morais, e tem-se que passar pelo crivo da razão o que dizem.
- dizer que nas comunicações espíritas há intervenção de um poder diabólico é nivelar por baixo, achando que Deus somente permitiria a manifestação dos maus espíritos sem o contrapeso do conselho dos bons.
- ao admitir a comunicação dos maus espíritos estão reconhecendo a veracidade das manifestações;
- dizem que somente se fala com espíritos de pessoas conhecidas. Isso demonstra que não estar a par do que acontece nas sessões mediúnicas, pois a maioria dos espíritos que se comunicam são desconhecidos;
- quando evocamos um espírito, geralmente é de um conhecido, pois senão não teríamos como evocá-lo.
- quanto ao fato de serem somente espíritos ilustres que se comunicam, isto é muito relativo, pois nem sempre o que foi grande na Terra o é no mundo espiritual. "A cada um segundo suas obras".
QUESTÕES PARA ESTUDO
Ao estudarmos estas objeções dos opositores da Doutrina Espírita na época de Allan Kardec, podemos estabelecer uma relação com os nossos dias.
1) - Até onde o discurso dos opositores do espiritismo mudou?
2) - Com toda tecnologia e avanço científico na atualidade, o que a comunidade espírita em geral tem feito para mudar esse quadro de objeções (caso ele não tenha mudado)?

Introdução itens - VII e VIII

LE 004
Para muita gente, a oposição das corporações científicas constitui, senão
uma prova, pelo menos forte presunção
contra o que quer que seja. Não somos dos que se insurgem contra os
sábios, pois não queremos dar azo a que
de nós digam que escoiceamos. Temo-los, ao contrário, em grande apreço e
muito honrado nos julgaríamos se
fôssemos contado entre eles. Suas opiniões, porém, não podem representar,
em todas as circunstâncias, uma
sentença irrevogável. Desde que a Ciência sai da observação material dos
fatos, em se tratando de os apreciar e
explicar, o campo está aberto às conjeturas. Cada um arquiteta o seu
sistemazinho, disposto a sustentá-lo com
fervor, para fazê-lo prevalecer. Não vemos todos os dias as mais
opostas opiniões serem alternativamente
preconizadas e rejeitadas, ora repelidas como erros absurdos, para logo
depois aparecerem proclamadas como
verdades incontestáveis? Os fatos, eis o verdadeiro critério dos nossos
juízos, o argumento sem réplica. Na ausência
dos fatos, a dúvida se justifica no homem ponderado. Com relação às coisas
notórias, a opinião dos sábios é, com
toda razão, fidedigna, porquanto eles sabem mais e melhor do que o vulgo.
Mas, no tocante a princípios novos, a
coisas desconhecidas, essa opinião quase nunca é mais do que hipotética,
por isso que eles não se acham, menos
que os outros, sujeitos a preconceitos. Direi mesmo que o sábio tem mais
prejuízos que qualquer outro, porque
uma propensão natural o leva a subordinar tudo ao ponto de vista donde
mais aprofundou os seus conhecimentos:
o matemático não vê.
O ESPIRITISMO E OS FENÔMENOS ESPIRITAS:
"Os fenômenos espíritas repousam na ação de inteligências dotadas de vontade
 própria e que nos provam a cada instante não se acharem
subordinadas aos nossos caprichos.
As observações não podem, portanto, ser feitas da mesma forma; requerem
condições especiais e outro ponto de
partida".
"O Espiritismo esta todo na existência da alma e no seu estado depois da
morte."
FALIBILIDADE DA RAZÃO: "O homem que julga infalível a sua razão esta bem
perto do erro. Mesmo aqueles,
cujas idéias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por
isso que rejeitam tudo o que lhes parece
impossível. Os que outrora repeliram as admiráveis descobertas de que a
Humanidade se honra, todos endereçavam
seus apelos a esse juiz, para repeli-las. O que se chama razão não e
muitas vezes senão orgulho disfarçado e quem
quer que se considere infalível apresenta-se como igual a Deus.
Dirigimo-nos, pois, aos ponderados, que duvidam
do que não viram, mas que, julgando do futuro pelo passado, não crêem que
o homem haja chegado ao apogeu nem
que a Natureza lhe tenha facultado ler a ultima pagina do seu livro." .
ESTUDO ÚTIL DA DOUTRINA ESPIRITA: "Acrescentemos que o estudo de uma
doutrina, qual a Doutrina
Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão
grande, só pode ser feito com utilidade por
homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e
sincera vontade de chegar a um resultado.
Não sabemos como dar esses qualificativos aos que julgam a priori,
levianamente, sem tudo ter visto; que não
imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento
indispensáveis."
"Abstenham-se os que entendem não serem dignos de sua atenção os fatos.
Ninguém pensa em lhes violentar a
crença; concordem, pois, em respeitar a dos outros."
.CARACTERÍSTICA DA SERIEDADE DE UM ESTUDO: "O que caracteriza um estudo sério e a continuidade que se lhe dá.
Será de admirar que muitas vezes não se obtenha nenhuma
resposta sensata a questões de si mesmas graves, quando propostas ao acaso e a queima-roupa, em meio de uma aluvião de outras extravagantes? Demais,
sucede freqüentemente que, por complexa, uma questão, para ser elucidada,
exige a solução de outras preliminares ou complementares. Quem deseje tornar-se versado numa ciência tem que a estudar metodicamente, começando
pelo principio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das
idéias.
Que adiantaria aquele que, ao acaso, dirigir a um sábio perguntas acerca de uma ciência cujas primeiras palavras ignore? Poderá o próprio sábio, por maior que seja a sua boa-vontade, dar-lhe resposta satisfatória? A resposta isolada, que der, será forçosamente incompleta e quase sempre por isso mesmo, ininteligível, ou parecera absurda e contraditória. O mesmo ocorre em nossas relações com os Espíritos. Quem quiser com eles instruir-se tem que com eles fazer um curso; mas, exatamente
como se procede entre nos devera escolher seus professores e trabalhar
com assiduidade".
CONDUTA DOS ESPÍRITOS SUPERIORES: "Dissemos que os Espíritos superiores
somente as sessões serias
acorrem, sobretudo as em que reina perfeita comunhão de pensamentos e de
sentimentos para o bem. A leviandade
e as questões ociosas os afastam, como, entre os homens, afastam as
pessoas criteriosas; o campo fica, então, livre
a turba dos Espíritos mentirosos e frívolos, sempre a espreita de
ocasiões propicias para zombarem de nos e se
divertirem a nossa custa".
"Se quereis respostas sisudas, haveis de comportar-vos com toda a
sisudez, na mais ampla acepção do termo, e
de preencher todas as condições reclamadas. Só assim obtereis grandes
coisas. Sede, alem do mais, laboriosos e
perseverantes nos vossos estudos, sem o que os Espíritos superiores vos
abandonarão, como faz um professor com
os discípulos negligentes".
QUESTÕES PARA ESTUDO
1 - Por que Kardec afirma que as observações dos fenômenos espíritas
diferem dos métodos comumente
usados pela ciência?
2 - Como deve ser o estudo do Espiritismo, segundo recomendação de Allan
Kardec?
3 - Como podemos saber se uma comunicação provém de um espírito de ordem
superior?

Introdução, item VI ,

LE 003
Tema: Parte I : Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita - item VI
RESUMO
(Extraído do CVDEE
O LIVRO DOS ESPIRITOS- Allan Kardec, págs.23 a 26 ,77

C-PONTOS PRINCIPAIS DA DOUTRINA ESPIRITA
Vamos resumir, em poucas palavras, os pontos principais da doutrina que
nos transmitiram.
"Deus e eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente
justo e bom.
"Criou o Universo, que abrange todos os seres animados e inanimados,
materiais e imateriais.
"Os seres materiais constituem o mundo visível ou corpóreo, e os seres
imateriais, o "mundo invisível ou espírita, isto e, dos Espíritos.
"O mundo espírita e o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e
sobrevivente a tudo.
"O mundo corporal e secundário; poderia deixar de existir, ou não ter
jamais existido, sem que por isso se alterasse a essência do mundo
espírita.
"Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível,
cuja destruição pela morte lhes restitui a liberdade".
"Entre as diferentes espécies de seres corpóreo, Deus escolheu a espécie
humana para a encarnação dos Espíritos que chegaram a certo grau de
desenvolvimento, dando-lhe "superioridade moral e intelectual sobre as
outras".
"A alma e um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório".
"Ha no homem três coisas: 1) o corpo ou ser material análogo aos animais
e animado pelo mesmo principio vital; 2), a alma ou ser imaterial,
Espírito encarnado no "corpo; 3) o laço que prende a alma ao corpo,
principio
intermediário entre a matéria e o "Espírito.
"Tem assim o homem duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos
animais, cujos "instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza
dos Espíritos.
"O laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, e uma espécie de
envoltório semimaterial. A morte e a destruição do invólucro mais
grosseiro. O Espírito conserva o "segundo, que lhe constitui um corpo
etéreo, invisível
para nos no estado normal, porem que pode tornar-se acidentalmente visível
e mesmo tangível, como sucede no fenômeno das "aparições.
"O Espírito não e um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se
pelo pensamento. E um ser real, circunscrito, que, em certos casos, se
torna apreciável pela "vista, pelo ouvido e pelo tato.
"Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais, nem em
poder, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade. Os da
primeira ordem são os Espíritos "superiores, que se distinguem dos outros
pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela
pureza de seus sentimentos e por seu amor do bem: são os anjos "ou puros
Espíritos. Os das outras classes se acham cada vez mais distanciados dessa
perfeição, mostrando-se os das categorias inferiores, na sua maioria
eivados das nossas "paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc.
Comprazem-se no mal. Ha também, entre "os inferiores, os
que não são nem muito bons nem muito mais, antes perturbadores e
"enredadores, do que perversos. A malicia e as inconseqüências parecem ser
o que neles "predomina. São os Espíritos estúdios ou levianos.
"Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se
melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esta
melhora se efetua por meio da "encarnação, que e imposta a uns como
expiação, a outros como missão. A vida material e "uma prova que lhes
cumpre sofrer repetidamente, ate que hajam atingido a absoluta
perfeição moral.
"Deixando o corpo, a alma volve ao mundo dos Espíritos, donde saíra, para
passar por nova existência material, apos um lapso de tempo mais ou menos
longo, durante o qual "permanece em estado de Espírito errante.
"Tendo o Espírito que passar por muitas encarnações, segue-se que todos
nos temos tido muitas existências e que teremos ainda outras, mais ou
menos aperfeiçoadas, quer na Terra, "quer em outros mundos.
"A encarnação dos Espíritos se da sempre na espécie humana; seria erro
acreditar-se que a alma ou Espírito possa encarnar no corpo de um animal.
"As diferentes existências corpóreas do Espírito são sempre progressivas e
nunca "regressivas; mas, a rapidez do seu progresso depende dos esforços
que faça para chegar `a perfeição.
"As qualidades da alma são as do Espírito que esta encarnado em nos;
assim, o homem de bem e a encarnação de um bom Espírito, o homem perverso
a de um Espírito impuro.
"A alma possuía sua individualidade antes de encarnar; conserva-a depois
de se haver separado do corpo.
"Na sua volta ao mundo dos Espíritos, encontra ela todos aqueles que
conhecera na Terra, e todas as suas existências anteriores se lhe desenham
na memória, com a lembrança de todo bem e de todo mal que fez.
"O Espírito encarnado se acha sob a influencia da matéria; o homem que
vence esta influencia, pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima
dos bons Espíritos, em cuja "companhia um dia estará. Aquele que se deixa
dominar pelas mas paixões, e põe todas as "suas alegrias na satisfação dos
apetites grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, "dando
preponderância `a sua natureza animal.
"Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.
"Os não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e
circunscrita; estão por toda parte no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e
acotovelando-nos de continuo. E toda uma população invisível, a mover-se
em torno de nos.
"Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o
mundo "físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma
das potencias da "Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos
ate então inexplicados ou mal "explicados e que não encontram explicação
racional senão no Espiritismo.
"As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos
nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a
suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal:
e-lhes um gozo ver-nos e assemelhar-nos a eles.
"As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As
ocultas se verificam pela influencia boa ou ma que exercem sobre nos, `a
nossa revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das mas inspirações.
As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de
outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns
que lhes servem de instrumentos.
LE-pags.25 e 26.
Questões para estudo e debate virtual:
01) comente explicando e justificando as assertivas abaixo:
01a) ""O mundo espírita e o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente
e sobrevivente a tudo.
"O mundo corporal e secundário; poderia deixar de existir, ou não ter
jamais existido, sem que por isso se alterasse a essência do mundo
espírita."
01b) "Ha no homem três coisas: 1) o corpo ou ser material análogo aos
animais e animado pelo mesmo principio vital; 2), a alma ou ser imaterial,
Espírito encarnado no "corpo; 3) o laço que prende a alma ao corpo,
principio intermediário entre a matéria e o "Espírito.
"Tem assim o homem duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos
animais, cujos "instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza
dos Espíritos."
01c) ""Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se
melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esta
melhora se efetua por meio da "encarnação, que e imposta a uns como
expiação, a outros como missão. A vida material e "uma prova que lhes
cumpre sofrer repetidamente, ate que hajam atingido a absoluta
perfeição moral.
"Deixando o corpo, a alma volve ao mundo dos Espíritos, donde saíra, para
passar por nova existência material, apos um lapso de tempo mais ou menos
longo, durante o qual "permanece em estado de Espírito errante."
01d) ""As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons
Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos
ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o
mal: e-lhes um gozo ver-nos e assemelhar-nos a eles.
"As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As
ocultas se verificam pela influencia boa ou ma que exercem sobre nos, `a
nossa revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das mas inspirações.
As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de
outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns
que lhes servem de instrumentos."

Introdução - itens III a V

LE002
O LIVRO DOS ESPIRITOS- Allan Kardec,
A- Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita

FENÔMENOS QUE DERAM ORIGEM A DOUTRINA: "Lembremos a serie
progressiva dos fenômenos que deram origem a esta doutrina".
MESAS GIRANTES: O primeiro fato observado foi o da
movimentação de objetos diversos. Designaram-no vulgarmente
pelo nome de mesas girantes ou dança das mesas. Este
fenômeno, que parece ter sido notado primeiramente na
America, entretanto a Historia prova que ele remonta a mais
alta antiguidade, se produziu rodeado de circunstancias
estranhas, tais como ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma
causa ostensiva. Em seguida, propagou-se rapidamente pela
Europa e pelas partes do mundo. LE pag.17..
"As primeiras manifestações inteligentes se produziram por
meio de mesas que se levantavam e, com um dos pés, davam
certo numero de pancadas, respondendo desse modo - sim, ou
não, conforme fora convencionado, a uma pergunta feita.
Obtiveram-se depois respostas mais desenvolvidas com o
auxilio das letras do alfabeto: dando o móvel um numero de
pancadas correspondente ao numero de ordem de cada letra,
chegava-se a formar palavras e frases que respondiam as
questões propostas.".LE,pag.20..
ESPIRITO OU GÊNIO: "O ser misterioso que assim respondia,
interrogado sobre a sua natureza, declarou que era Espírito
ou Gênio, declinou um nome e prestou diversas informações a
seu respeito. Ha aqui uma circunstancia muito importante,
que se deve assinalar. E que ninguém imaginou os Espíritos
como meio de explicar o fenômeno; foi o próprio fenômeno que
revelou a palavra". LE, pag.20.
ESPIRITOS: "Os próprios seres que se comunicam se designam a
si mesmos pelo nome de Espíritos ou Gênios, declarando,
alguns, pelo menos, terem pertencido a homens que viveram na
Terra. Eles compõem o mundo espiritual, como nos
constituímos o mundo corporal durante a vida terrena." LE
pág 23..
AS CESTAS: "Tal meio de correspondência era demorado e
incomodo. O Espírito indicou outro. Foi um desses seres
invisíveis quem aconselhou a adaptação de um lápis a uma
cesta ou a outro objeto. Colocada em cima de uma folha de
papel, a cesta e posta em movimento pela mesma potencia
oculta que move as mesas; mas, em vez de um simples
movimento regular, o lápis traça por si mesmo caracteres
formando palavras, frases, dissertações de muitas paginas
sobre as mais altas questões de filosofia, de moral, de
metafísica, de psicologia, etc., e com tanta rapidez quanta
se  escrevesse com a mão". LE pág 20.
MEDIUNS: "A cesta ou a prancheta só podem ser postas em
movimento debaixo da influencia de certas pessoas, dotadas
de um poder especial, as quais se designam pelo nome de
médiuns, isto e - meios ou intermediários entre os
Espíritos e os homens. As condições que dão esse poder
resultam de causas ao mesmo tempo físicas e morais, ainda
imperfeitamente conhecidas, porquanto ha médiuns de todas
as idades, de ambos os sexos e em todos os graus de
desenvolvimento intelectual. E uma faculdade que se
desenvolve pelo exercício."LE,pag.21.
"A experiência deu a conhecer muitas outras variedades da
faculdade mediadora, vindo-se a saber que as comunicações
podiam igualmente ser transmitidas pela palavra, pela
audição, pela visão, pelo tato, etc., e ate pela escrita
direta dos Espíritos, isto e, sem o concurso da mão do
médium, nem do lápis." LE pag.21.
Em certos casos, as respostas revelam tal cunho de
sabedoria, de profundeza e de oportunidade; exprimem
pensamentos tão elevados, tão sublimes, que não podem emanar
senão de uma Inteligência superior, impregnada da mais pura
moralidade. Doutras vezes, são tão levianas, tão frívolas,
tão triviais, que a razão recusa admitir derivem da mesma
fonte. Tal diversidade de linguagem não se pode explicar
senão pela diversidade das Inteligências que se manifestam.
E essas Inteligências estão na Humanidade ou fora da
Humanidade? Este o ponto a esclarecer-se e cuja explicação
se encontrara completa nesta obra, como a deram os próprios
Espíritos." LE pag.22.
B - QUESTOES PARA ESTUDO:
1 - O que representou para o Espiritismo e a Sociedade da
época o fenômeno das mesas girantes?
2 - Que Kardec quis dizer com esta assertiva: " E que
ninguém imaginou os Espíritos como meio de explicar o
fenômeno; foi o próprio fenômeno que revelou a palavra".?
3 - Que representaram as cestas no intercambio mediúnico, a
época da Codificação?
4 - Qual o significado da palavra Médium segundo a
Introdução do LE?

Estudo do Livro dos Espíritos

O LIVRO DOS ESPIRITOS, Allan Kardec, Introdução, itens I e II,

A - Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita
 . TERMOS NOVOS: Para se designarem coisas novas são precisos
termos novos. Assim o exige a clareza da linguagem, para evitar a
confusão inerente `a variedade de sentidos das mesmas palavras.
Pag.13.
. ESPIRITUALISMO: O espiritualismo e o oposto do materialismo.
Quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que
matéria, e espiritualista. Não se segue dai, porem, que creia na
existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo
visível. LE pag.13.
. PRINCIPIO E ADEPTOS DO ESPIRISTISMO: A Doutrina Espírita ou o
Espiritismo tem por principio as relações do mundo material com os
Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo
serão os espíritas, ou, se quiserem, os espiritistas. LE pag.13.
. ALMA: Chamamos ALMA ao ser imaterial e individual que em nos
reside e sobrevive ao corpo. LE pag.15.
. PRINCIPIO VITAL E FLUIDO VITAL: Princípio vital e o principio
da vida material e orgânica, principio esse comum a todos os seres
vivos, desde as plantas ate o homem. Pois que pode haver vida com
exclusão da faculdade de pensar, o principio vital e uma
propriedade da matéria, um efeito que se produz achando-se a
matéria em dadas circunstancias. Ele reside em um fluido especial,
universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma
parcela durante a vida, tal como os corpos inertes absorvem a luz.
Esse seria então o fluido vital ao qual também se dão os nomes de
fluido magnético, fluido nervoso, etc. LE pag.15.
Os seres orgânicos tem em si uma forma intima que determina o
fenômeno da vida, enquanto essa força existe.Que a vida material
e comum a todos os seres orgânicos e independe da inteligência e
do pensamento; que a inteligência e o pensamento são faculdades
próprias de certas espécies orgânicas; que entre as espécies
orgânicas dotadas de inteligência e de pensamento ha uma dotada
também de um senso moral especial, que lhe da incontestável
superioridade sobre as outras: a espécie humana.LE,pag.15.
A alma vital seria comum a todos os seres orgânicos: plantas,
animais e homens; a alma intelectual pertenceria aos animais e aos
homens; e a alma espírita somente ao homem. LE pag.16.

QUESTOES PARA ESTUDO:
1) Que significa a assertiva de Kardec que diz para as coisas
novas necessitam-se palavras novas?
2) Há diferencia entre Espiritualismo e Espiritismo?
3) O que o Espiritismo considera como Alma?
4) Qual o seu entendimento para os conceitos Principio vital e
Fluido Vital, acima citado por Kardec.?