domingo, 13 de junho de 2010

Esperança

Escutando Sentimentos

Já estudamos os níveis da casa mental abordados por André Luiz, no livro No Mundo Maior, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
André Luiz compara os três níveis da mente a uma casa. No porão (cor preta na ilustração) é guardado todo material, utilizável ou não, de uma residência, e representa o subconsciente. É o depósito da vida mental onde são arquivadas as experiências, os fracassos e toda trajetória evolutiva da alma.
O ambiente social da casa é composto por quarto, banheiro, cozinha e sala. É a parte na qual mais transitamos no nível mental, representando o consciente (cor branca na ilustração), a atuação do presente momento. E o sótão de uma moradia é parte menos frequentada, cujos fins são relaxar ou atividades de refazimento, simbolizando o superconsciente (cor amarela na ilustração) ou a parte nobre da mente, somente alcançada pelos estados elevados de consciência como, por exemplo, a oração e a meditação.

Ninguém mata o homem velho
O subconsciente, assim como o superconsciente da casa mental estudada por André Luiz, pode ser designado como sendo a sombra da mente, isto é, aquela parte ignorada, ainda pouco explorada ou quase completamente desconhecida por nós.
Vou abstrair da conceituação técnica da sombra uma terminologia usada pelo Dr. Carl Gustav Jung, para facilitar nosso entendimento prático. Sombra não significa algo ruim dentro de nós. Existe também a sombra positiva. Nessa divisão didática da casa mental, poderíamos dizer que a sombra negativa é o subconsciente, conquanto também nela encontramos muitas qualidades e registros positivos. E o superconsciente seria a sombra positiva, onde residem todos os germens da perfeição humana que um dia alcançaremos.
Entre outros conceitos, a sombra é o que nós espíritas chamamos de “homem velho” ou aquilo que necessita ser transformado em nós. Costumamos usar a expressão “matar o homem velho” e é sobre isso que hoje quero refletir. Ninguém elimina partes de si para alcançar a reforma íntima. Temos que aplicar ao nosso mundo íntimo o conceito de destruição contido em O Livro dos Espíritos. Nada pode ser destruído, mas transformado, aprimorado, reciclado.
Vamos dar uma olhadinha em nosso gráfico ilustrado, na página seguinte. O superconsciente representa a individualidade do Ser, e o subconsciente é o repositório das personalidades arquivadas ao longo de várias existências. Uma forma mais comum de entender a reforma íntima seria usar de vontade férrea (a tesoura, na ilustração) para podar os hábitos negativos ou infelizes, entretanto, somente por esse caminho da disciplina ficaremos na superfície da tarefa de melhoria moral. Mais do que a “tesoura”, temos que aprender como manejar a “lupa” da amorosidade para conhecer com sabedoria o nosso mundo íntimo. A lupa amplia nossa capacidade de enxergar o mundo interior e nos capacita com mais acuidade, percepção e sensibilidade.
Portanto, quando se trata de nossa melhoria interior, estamos falando de criar uma relação amigável, conciliadora e pacífica com nossa sombra; aprender a conquistar essa parte da vida mental que ainda não conhecemos suficientemente, reciclando maus hábitos (subconsciente) e desenvolvendo valores (superconsciente).
Autoconhecimento somente não basta para se libertar. Na questão 919-a de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec demonstrou curiosidade sobre qual seria o método mais eficaz para se melhorar nessa vida, e os sábios guias lhe apontaram o caminho do autoconhecimento como resposta.
Inegavelmente, o autoconhecimento é a porta de entrada para a investigação dessa sombra desconhecida na nossa intimidade. Porém, além disso, precisamos aprender algo que o estudo de si não nos oferece automaticamente: o ato de aprender a amar o que você vai conhecer em você mesmo.
Muitas pessoas buscam o autoconhecimento e terminam tendo comportamentos mais cruéis ainda consigo e, o pior, não alcançam a pacificação de seu íntimo, tombando no que Ermance Dufaux chama de martírio ou as dores adicionadas ao processo da autoanalise, pelo motivo de não sabermos como gerir a vida interior. Isso pode aumentar ainda mais os nossos conflitos.

A sombra amigável
O estudo da casa mental de André Luiz, conciliado com o livro Escutando Sentimentos, de Ermance Dufaux, é um bom caminho para aprendermos a atitude de amar-nos como merecemos, usando a “lupa” do amor a si na análise cuidadosa da vida mental.
Temos que usar a “tesoura” da boa vontade para evitar que os hábitos infelizes tomem conta do nosso consciente, entretanto, isso é apenas uma parcela da verdadeira transformação íntima, porque chegará um momento em que seremos chamados a usar menos a “tesoura” e aprender a usar mais a “lupa” da amorosidade na investigação de nossa sombra, fazendo dela uma aliada na lenta e árdua tarefa de nossa melhoria moral e espiritual.
A lupa é a nossa capacidade de olhar com cuidado para o nosso “eu real” e aprender a criar uma relação de amor com o que somos. Isso não significa conformidade com nossa parcela menos nobre ou ter que assumir as personalidades enfermas que ainda carregamos, mas apenas olhar com compaixão, sem julgamentos ou punição a nós mesmos. Esse, sem dúvida, é nosso primeiro e mais importante passo para iniciarmos uma reforma íntima sem martírio e com resultados mais motivadores.
Diante disso, temos urgência de métodos nos centros espíritas que auxiliam a estudar o espiritismo com um objetivo muito além do que hoje é estudado. É preciso estudar doutrina para compreender melhor a si mesmo. Que hajam estudos básicos e sistematizados de espiritismo e evangelho, todavia, comecemos a pensar também em estudos sistematizados de nós mesmos à luz da doutrina espírita. Sem isso, corremos um risco lamentável de acumular muito saber sobre o que nos cerca, sem noções claras sobre como nos comportar diante do que verdadeiramente somos.
Não é o conhecimento para fora que liberta. A esse respeito, no estudo da casa mental, Calderaro afirma a André Luiz:
“Porque, se o conhecimento auxilia por fora, só o amor socorre por dentro – acrescentou o instrutor tranquilamente. Com a nossa cultura, retificamos os efeitos, quanto possível, e só os que amam conseguem atingir as causas profundas.” –
No Mundo Maior, psicografia de Francisco Cândido Xavier
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Na Hora da Saudade

Quando perdemos nossos entes queridos e chega a saudade e o sentimento de perda, não podemos fechar nossos olhos para a realidade da imortalidade da alma.
Quantas vezes já não nos encontramos entristecidos nos momentos de saudade? Quantas vezes já não nos questionamos sobre os desígnios da vida, do constante ir e vir das criaturas?
Como espíritos milenares que, a cada reencarnação, buscam o reajuste necessário para as próprias consciências, deparamo-nos com o ciclo de luz concedido pelo infinito amor de Deus, desprendendo-nos das imperfeições que estacionam o espírito em nossa caminhada evolutiva e angariando conhecimentos que nos auxiliam na ascensão espiritual. Somos viajores do tempo, aprendizes do sentimento sublime, buscando compreender a importância e a necessidade da pluralidade das existências, descortinando em nossos corações a certeza de que realmente a vida prossegue, de que os laços mantidos pelo amor jamais serão enfraquecidos pela ausência física, mesmo quando nossos olhos não puderem mais enxergar.
No capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, encontramos maiores esclarecimentos sobre o assunto, de forma clara e objetiva: “Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Ao contrário, eles são fortalecidos e se estreitam. É o princípio oposto que os destrói. Os espíritos formam no espaço grupos ou famílias unidos pela afeição, simpatia e semelhança de inclinações. Esses espíritos se procuram, felizes por estarem juntos. A encarnação não os separa senão momentaneamente, porque, depois de sua entrada na erraticidade, se reencontram como amigos no retorno de uma viagem. Com a reencarnação e o progresso que lhe é conseqüência, todos aqueles que se amaram voltam a se encontrar sobre a Terra e no espaço, gravitando juntos para chegarem a Deus. Os que falham no caminho retardam seu adiantamento e sua felicidade, mas não está perdida toda a esperança. Ajudados, encorajados e sustentados por aqueles que os amam, sairão um dia do lamaçal em que estão mergulhados. Com a reencarnação, enfim, há solidariedade perpétua entre os encarnados e os desencarnados, com o estreitamento dos laços afetivos”.
Como podemos perceber, somos espíritos muito amados, movimentando-nos pela oportunidade da vida corporal e extracorporal para nos fortalecermos, para criarmos em nós maiores probabilidades de sucesso encarnatório perante nossas falhas do passado. Em sua essência, o espírito almeja conscientemente a realização de seus comprometimentos, que se dão a cada existência, passando naturalmente pelo estudo do ciclo físico e espiritual que o impulsiona ao entendimento do verdadeiro significado da vida, que é a evolução. O ser encarnado traz consigo potencialidades para o cumprimento de suas tarefas em um tempo estimado, a fim de que tenha condições de desenvolvê-las da melhor forma possível. É através de todo um processo elucidativo adquirido na espiritualidade que se constitui sua preparação para o retorno ao veículo físico.

Somos uma eterna família
Quantas vezes já não vivenciamos quadros onde as lágrimas visitam o nosso coração? A saudade existe tanto naquele que parte como na criatura que fica. São sentimentos fortalecidos no decorrer dos tempos, em vidas passadas, mas que, desequilibrados pelo excesso, prejudicam o desenvolvimento e entendimento do verdadeiro significado da vida que impulsiona o ser à sua ascensão espiritual.
Quando mergulhamos nestes momentos de tristeza pela separação temporária de alguém muito estimado, envolvemos esse ser nestas mesmas dores, através da sintonia do pensamento. Desta forma, causamos naquele que parte um sofrimento ainda maior do que o nosso, estacionando-o nas lágrimas e, às vezes, na revolta que ainda sentimos por termos aparentemente perdido o ente querido para a morte. Agimos sobre esta criatura de uma maneira constante, entristecendo seu coração e confundindo seus pensamentos sobre o próprio progresso. Ao enviarmos sentimentos de tristeza, estamos longe de auxiliar aquele que retornou ao plano espiritual, pois desequilibramos sua mente para o decorrer do aprendizado na espiritualidade, necessário à próxima encarnação por ser uma nova conquista que irá refletir toda a sua sublimação de sentimentos e pensamentos, conduzindo este ser criado por Deus aos céus de suas próprias emoções.
Portanto, que possamos conscientizar nossas mentes de que somos espíritos milenares e que sempre estaremos juntos, unidos pelo sentimento e pensamento, ligados fraternalmente pelo Pai a uma eterna família. Busquemos serenar nossos corações, sentindo toda a luz, a paz e o amor de Jesus a auxiliarem nossa compreensão e aceitação da importância da reencarnação e dos mecanismos da evolução, que nutrem o espírito com a paz interior tão almejada por todos.

Artigo publicado na edição 16 da Revista Cristã de Espiritismo.
Escrito por Celso Santos

Transplante de Órgãos na Visão Espírita

O ser humano é um espírito encarnado que se manifesta na Terra basicamente com dois envoltórios: o corpo físico, que é material grosseiro e pesado, e o perispírito, um corpo sutil e semi-material que une o espírito à matéria do corpo.
O perispírito é também um campo morfogenético sensível aos nossos pensamentos. Estrutura de conteúdo informacional, que subsiste além do sepulcro e altera-se de acordo com o padrão do seu campo interno. Impele suas energias pelo corpo físico, preenchendo-o, confundindo-se e ligando-se a ele, átomo a átomo, molécula a molécula.
A morte representa a destruição do corpo físico e não do perispírito, que só o deixa quando já não existe vida orgânica. O conhecimento dessas propriedades nos levam a compreender e aceitar uma possível repercussão perispiritual da doação de órgãos. Segundo relatos psicográficos de alguns doadores, as sensações são confirmadas, porém amenizadas e transforma-das em bênçãos para o doador.
Sabe-se pela doutrina dos espíritos que, no instante da morte, o desligamento do perispírito ocorre gradualmente. Para alguns é muito rápido e o momento da morte é aquele do desligamento. Para outros, sobretudo aqueles cuja vida foi toda material e sensual, o processo é mais lento, levando alguns dias, semanas e até meses. Essa ocorrência não implica existir no corpo a menor vitalidade e possibilidade de retorno à vida. Quanto maior a identificação do espírito com a matéria, maior o sofrimento para a separação. A atividade moral e intelectual e a elevação dos pensamentos acionam o início da libertação, mesmo durante a vida do corpo. Esses são os resultados de observações realizados no momento da morte (O Livro dos Espíritos, questão 155).
Muitas vezes, na agonia, a alma já deixou o corpo e não há mais vida orgânica – o homem já não tem consciência de si mesmo, entretanto, ainda lhe resta um sopro de vida.
O corpo, máquina que o espírito movimenta, existe enquanto circular o sangue nas veias e, para isso, não necessita da alma (O Livro dos Espíritos, questão 156).

A dor no plano espiritual
O corpo é o instrumento da dor, mas esta é um efeito. Por exemplo, a dor “fantasma” nas pessoas amputadas. A lembrança que dela conserva pode ser muito penosa, contudo, não pode ser ação física (do corpo). Nem o frio, nem o calor podem desorganizar os tecidos da alma e esta não pode nem se gelar, nem se queimar.
Seguramente, a região do membro amputado não é a sede da dor. Pode-se, pois, crer que há alguma analogia com os so-frimentos do espírito depois da morte, sendo o perispírito o agente das sensações externas e que, no corpo, essas sensações são localizadas pelos órgãos que lhes servem de canais.
Destruído o corpo, essas sensações tornam-se generalizadas e o espírito não diz que sofre mais da cabeça do que dos pés. Liberto do corpo, o espírito pode sofrer, mas esse sofrimento não é corporal. A dor que o perispírito sente não é pro-priamente uma dor física, mas um vago sentimento íntimo que o próprio espírito nem sempre entende, precisamente porque a dor não está localizada e não é produzida por agentes externos. É mais uma lembrança que uma realidade. Porém, uma recordação também penosa.
Durante a vida, o corpo recebe as impressões exteriores e as transmite ao espírito através do perispírito. Morto o corpo, ele não sente mais nada, visto que não há mais nele espírito nem perispírito. Este, desprendido do corpo, experimenta a sensação, mas como esta não lhe chega mais por um canal limitado, é generalizada.
O perispírito não é mais do que um agente de transmissão, pois é no espírito que está a consciência.
A influência material diminui à medida que o espírito pro-gride, quer dizer, à medida que o perispírito se torna menos grosseiro.
André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, capítulo XII, mostra a semelhança existente entre o processo gradativo de desencarnação do homem com a que ocorre no mundo dos insetos. Estes exibem no desenvolvimento da metamorfose in-completa a escala de fenômenos exigidos para a desencarnação dos seres de natureza superior. Porém, os inferiores, os insetos, encontram-se “aquém da histogênese*”, inabilitados e sem o equilíbrio que lhes asseguraria o novo plano de consciência. São incapazes de manobrar órgãos do aparelho psicossomático, justamente pela ausência da substância mental consciente, daí a pesada letargia que ocorre imediatamente após a morte.
No homem, a metamorfose é completa e deve-se ao pensa-mento constante que lhe oferece a preciosa estabilidade. Pela persistência e consistência das idéias, adquiriu o poder de inte-grar-se mentalmente para além da histogênese em seu corpo espiritual e, graças à sua própria vontade, consegue arrebatá-lo para novo estado individual – então assistido pelos condutores divinos, dorme o sono da morte, mumificando-se na cadaverização, como acontece aos insetos. Passa a segregar subs-tâncias mentais como “impulsos renovadores” exatamente como certas crisálidas que segregam um líquido especial, faci-litando a saída do próprio casulo.
Terminado o processo histolítico das células, isto é, o processo destrutivo que lhe constituem o corpo biológico, e fortifi-cado o campo mental, onde se programaram os novos anseios e as novas disposições, procura desvencilhar-se dos órgãos físicos, agora imprestáveis. E, por avançado automatismo, realiza o processo histogenético.
Por esse meio, desliga as células sutis do seu veículo espiritual daquelas que pertenceram ao corpo físico, atuando agora com a eficiência e a segurança que as longas recapitulações lhe conferiram no movimento incessante da Palingênese Universal, em sua marcha laboriosa para mais elevadas aquisições.
Com esses dados transmitidos pelo espírito André Luiz, constatamos pontos de contato dessas informações com os ensinamentos de Allan Kardec e com aqueles que a Ciência terrena nos possibilita.
Essas fontes são unânimes ao admitirem que a morte é um processo gradativo, um processo evolutivo que se desenrola simultaneamente nos dois planos da vida.
O desligamento do perispírito possivelmente coincide com o início dos processos comatosos, parcialmente com-preendi-dos pela medicina terrena. Esta compreende que esse processo representa a cessação das atividades dos centros nervosos, até a extinção da vida nos derradeiros grupos de células – morrem primeiramente as células nervosas e os epitélios glandulares e, por último, os epitélios ciliados e os leucócitos; ou seja, a cessa-ção da vida não implica a morte conjunta de todas as células, algumas das quais sobrevivem mais ou menos longamente.

O perispírito e a estruturação do corpo
Lamentavelmente, a Ciência desconhece ainda os enigmas do campo morfogenético, que supervisionam e estruturam a formação do ser vivo. Campo de energias não percebidas pela visão comum e sob o comando do espírito, esse corpo sutil e semimaterial representa a matriz onde as moléculas se depositam para a formação do corpo físico. Como campo estruturador da forma, possibilita o arranjo adequado dos vários órgãos e sistemas do corpo físico, que podem assim desempenhar as suas funções, graças à especificidade celular assegurada a cada um deles.
Assim, todos os órgãos do corpo físico recebem estímulos e sensações que repercutem no perispírito com a intensidade que o senso moral, a evolução e a pureza de cada um permitir.
A doutrina dos espíritos representa uma fonte inesgotável de conhecimentos e, após Kardec, o trabalho incansável dos espíritos continua presente através da sagrada e consagrada psicografia de Francisco Cândido Xavier.
São conhecidas as mensagens espirituais de jovens doado-res, informando a todos nós a continuidade da vida, comprovando a realidade dos ensinamentos que nos sustentam a alma, que o amor atravessa as fronteiras do tempo, referindo-se à sensação de desconforto no momento em que o órgão é retirado para transplante, e os frutos da caridade que esse ato representa.
Pelo exposto, podemos deduzir que a doação deva produzir alguma repercussão perispiritual, cuja intensidade dependerá da condição evolutiva de cada um. Mas o retorno do ato da doação será benéfico para o doador e receptor.
Nada nos obriga a doar os nossos órgãos, mas se o fizermos, que seja com muita consciência, convicção, desprendimento e amor ao próximo. Consideramos básicas essas convicções, colaborando para a manutenção da vida de muitos.
Tenhamos a certeza de que a gratidão e o reconhecimento do receptor com o ganho de mais uma oportunidade de vida atuará como verdadeiro bálsamo, isto é, assumindo até propriedades medicamentosas que se façam necessárias para o doador.
Pensemos na doação de órgãos e que o amor e a caridade sejam uma constante em nossos corações.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 09.

Escrito por Elizabeth Rezende Nicodemos