quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Respeito, Mediunidade (Passagens da Bíblia)

Respeito


Acate com respeito todas as religiões. Cada homem tem o direito de escolher o caminho que prefere. Respeite a liberdade de crença dos outros, tanto quanto aprecia que respeitem a sua. Não discuta nem procure tirar ninguém do caminho em que se acha, a não ser que seja procurado para isso. Respeite, para ser respeitado.

Os irmãos na fé, que trabalham juntos, tem que se respeitarem para que os trabalhos fluam, trate-os a todos bem, não leve problemas da sua casa para o terreiro e principalmente para às reuniões de estudo da doutrina, procure ajudar aqueles que estão necessitando de ajuda, seja de uma palavra de conforto, confiança, esclarecimento e otimismo. Estudem e deixe sair o homem velho que ainda reside em seus corpos. Renove-se deixando fluir a mediunidade dada de graça por Deus.

“Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor”.

“Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, pois que homens há privados delas”. (livro dos médiuns).

A Mediunidade é, pois, um fenômeno natural e se realiza em todos os graus da hierarquia da criação, numa escala que vai do verme aos anjos, tudo e todos reciprocamente se manifestando e dando testemunho de si mesmos. Assim, Jesus Cristo foi, inegavelmente, o médium de Deus junto aos homens, manifestando, transmitindo e realizando suas vontade divinas.

Quanto ao Cristianismo, valendo-nos de um conceito de Leon Denis – “ele repousa sobre fatos de aparições e manifestações de mortos e fornece imensas provas da existência do mundo invisível e das almas que o povoam”.

A Bíblia, ela mesma, está cheia de semelhantes manifestações, todas obtidas por meio da mediunidade.

No Velho Testamento vemos os profetas, videntes e audientes inspirados, que transmitem ao povo a vontade dos Guias e, de todas as formas de mediunidade parece mesmo que a mais generalizada era a da vidência.

Samuel, no Livro I, cap. 9, v.9, assim o demonstra, quando diz:-“Dantes, quando se ia consultar a Deus, dizia-se vamos ao vidente; porque os que hoje se chamam profetas chamavam-se videntes”.

É já de rigor citativo a consulta feita por Saul ao Espírito de Samuel, na gruta do Endor. (Samuel I, 28:7-20)

As pragas que, segundo se narra, por intermédio de Moisés foram lançadas sobre o Egito; as maravilhas ocorridas como povo hebreu no deserto, quando conduzido por esse grande Enviado, a saber: a labareda de fogo que marchava à frente dos retirantes, o maná que os alimentava; as fontes que jorravam das rochas; o recebimento do Decálogo, etc., tudo é afirmação do extraordinário poder mediúnico do grande fundador da nação judaica

Que maior exemplo de fenômeno de incorporação que o revelado por Jeremias – o profeta da paz – quando, tomado pelo Espírito, pregava pelas ruas contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor! E que outro maior, de vidência no tempo, que o demonstrado por João escrevendo o Apocalipse!

E como é notável de se observar que, nos remotos tempos do Velho Testamento, os fenômenos, em si mesmos, em quase nada diferiam, como dissemos, dos atualmente observados por nós!

Basta dizer os de transporte: II Reis 6:6; os de levitação: Ez. 3:14-15 e Atos 8:39-40; os de escrita direta: Êxodo 32:15-16 e 34:28; os fenômenos luminosos: 34:29-30 – além de muitos outroas que seria longo enumerar.

E tão semelhantes eram as práticas antigas com as atuais, que até mesmo a música era empregada para a formação do ambiente. De fato, vemos que o profeta Eliseu reclama “um tangedor” (harpista) para profetizar: II Reis 3:15 – e muito vulgar é a citação de passagem em que Davi acalma e afasta os Espíritos obsessores de Saul, tangendo sua harpa.

E a obscuridade era também, em muitos casos, exigida, e Salomão, no ato de consagrar o templo que edificara, declarou significativamente: “O Senhor tem dito que habitaria nas trevas” II Cr.6:1 (4).

No Novo Testamento, desde antes do Nascimento, então as provas são ainda mais concludentes e notáveis, as de mediunidade curadora, o dom das línguas, as levitações e os fenômenos luminosos.

Maria de Nazaré não viu o Espírito anunciador? Jesus não foi gerado com intervenção do Espírito Santo? E os “milagres” seus e dos apóstolos?

Voltando a citar Leon Denis, é dele esta pergunta: os apóstolos

(referência ao 4 acima).

Salmos 67:18 – Isaías 32:15,44:3 – Ezequiel 11:19,36:27 – Joel2:28

Do Cristo foram escolhidos por serem sábios ou notáveis ou porque possuíam qualidades mediúnicas?

Esses apóstolos, como sabemos, e seus discípulos, durante o tempo de seus trabalhos, atuaram como verdadeiros médium, bastando citar Paulo e João, um o mais dinâmico e culto, o outro o mais místico.

Que foi o Pentecostes senão a outorga de faculdades mediúnicas aos apóstolos e discípulos?

E, justamente por exercerem francamente a mediunidade, é que sabiam de seus perigos, dos cuidados que sua prática exigia, e sobre isso chamavam a atenção de seus discípulos. (5)

Paulo dizia:-“Os Espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” e João ajuntava: “Caríssimos, não creiais em todos os Espíritos, mas provai que os Espíritos são de Deus”. Advertiam, assim, contra a ação dos Espíritos obsessores e mistificadores.

Era tão comum a mediunidade entre os primitivos cristãos, que instruções escritas eram enviadas às comunidades das diferentes cidades, para regular a sua prática; e essas instruções foram sendo, com o correr do tempo, enfeixadas em livros para melhor conservação.

Hermas, que evangelizou no tempo de Paulo, adquirindo grande e justa autoridade, em seu livro O Pastor, dizia: “O Espírito que vem da parte de Deus é pacífico e humilde; afasta-se de toda a malícia e de todo vão desejo deste mundo e paira acima de todos os homens. Não responde a todos que o interrogam, nem às pessoas em particular, porque o Espírito que vem de Deus não fala ao homem quando o homem quer, mas quando Deus o permite. Quando, pois, um homem que tem o espírito de Deus, vem à assembléia dos fiéis, desde que se fez a prece, o Espírito toma lugar nesse homem que fala na assembléia como Deus o quer. Reconhece-se ao contrário o Espírito terrestre, frívolo, sem sabedoria e sem força, no que se agita, se levanta e toma o primeiro lugar. É importuno, tagarela e não profetiza sem remuneração.

“Um profeta de Deus não procede assim”.

(5) João 14:26, 16:7 – Atos 1:2-3,5,8-11,16 – 2:4,38-39 – 4:31 – 9:17 – 10:44 – 11:15 – 13:52 – 19:6 – 20:23 – Romanos 5:5 –I Cor.12.

Do Livro Mediunidade (Edgard Armond)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Nos Serviços da Cura

 NÃO basta rogar ajuda para si.

É indispensável o auxílio aos outros.
NÃO vale a revelação de humildade na indefinida repetição dos pedidos de socorro.
É preciso não reincidirmos nas faltas.
NÃO há grande mérito em solicitarmos perdão diariamente.
É necessário desculparmos com sinceridade as ofensas alheias.
NÃO há segurança definitiva para nós se apenas fazemos luz na residência dos vizinhos.
É imprescindível acendê-la no próprio coração.
NÃO nos sintamos garantidos pela certeza de ensinarmos o bem a outrem.
É imperioso cultivá-lo por nossa vez.
NÃO é serviço completo a ministração da verdade construtiva ao próximo.
Preparemos o coração para ouvi-la de outros lábios, com referência às nossas próprias necessidades, sem irritação e sem revolta.
NÃO é integral a medicação para as vísceras enfermas.
É indispensável que não haja ódio e desespero no coração.
NÃO adianta o auxílio do Plano Superior, quando o homem não se preocupa em retê-lo.
Antes de tudo, é preciso purificar o vaso humano para que se não perca a essência divina.
NÃO basta suplicar a intercessão dos bons.
Convençamo-nos de que a nossa renovação para o bem, com Jesus, é sagrado impositivo da vida.
NÃO basta restaurar simplesmente o corpo físico.
É inadiável o dever de buscarmos a cura espiritual para a vida eterna. (BEZERRA DE MENEZES, "Taça de Luz", 4, FCXavier, FEESP)


Comentando o Perispírito

O Perispírito, como campo de energias, deve ser constituído de material bem próximo ao das estruturas físicas, ao menos em sua zona de intercâmbio com a matéria, zona em que esta última torna-se energia e a energia evidencia-se na matéria por condensação.
O Perispírito, representando a capa externa do espírito, serviria de filtro e tela de suas manifestações. Apesar de apresentar intenso dinamismo psíquico, superior ao da zona consciente ou zona física, dirige os campos celulares físicos por influência do próprio espírito donde é dependente.
O Perispírito é zona que sofre modificações intensas nos processos reencarnatórios, passando por condições de miniaturização e mesmo perda de algumas energias, pois, ao se acercar do ovo para impulsionar a sua morfogênese, estará elaborando uma nova estruturação que responderá por um novo corpo físico. Se, no perispírito, estivessem sediados todos os arquivos do ser, é claro que as intensas transformações do mecanismo reencarnatório afetariam a estruturação de imortalidade. Dessa forma, as aptidões que são absorvidas nas experienciações que o ser passa diante das diversas etapas reencarnatórias, estariam nas zonas definitivas do espírito e refletidas no perispírito, zona dimensionalmente mais densa que a primeira e por isso, mais apropriada às correlações com a matéria. Destarte, a matéria recebe o que necessita do impulso espiritual pelas telas perispirituais; estas, embora apresentando um campo avançado de trabalho, não são a sede das energias criativas da vida.