domingo, 26 de setembro de 2010

Resgate para os Médicos que Falham

Desde Hipócrates os médicos sempre ocuparam lugar de relevo na maioria das comunidades. Tendo também sido médico na Terra, André Luiz conta-nos, acerca de um Espírito de nome Assistente, o qual em vida física exercera muito mal a carreira médica no plano terrestre e então, via-se obrigado a providenciar o socorro na hora do parto difícil de uma das suas ex-vitimas quando estava encarnado. André fala também dos graves compromissos que os profissionais da medicina assumem perante a Consciência Divina principalmente quando se afastam do reto dever a cumprir. Outro detalhe explicado foi que o “Assistente”, por concessão da Misericórdia Divina voltaria a Terra para novamente ser médico e, dessa vez, não poderia cometer falhas ou iniciativas incompetentes ou irresponsáveis. E a indesviável lei de Causa e Efeito, de Ação e Reação diante das Leis Eternas. Leiamos com atenção um trecho desse longo capítulo. “Leonel, cuja inteligência aguda não perdia os nossos menores movimentos, perguntou a Silas, com ar respeitoso, se os trabalhos a que se dedicava exprimiam alguma preparação, diante do porvir ao que o Assistente respondeu sem pestanejar:


- Sem dúvida. Ainda ontem lhe falei dos meus erros de médico, que praticamente jamais o fui, e comentei o plano de abraçar a Medicina no futuro, entre os encarnados nossos irmãos. Todavia, para que eu mereça a ventura de tal reconquista, consagro-me, nas regiões inferiores que me servem de domicílio, ao ministério do alívio, criando causas benéficas para os serviços que virão...

- Causas? Causas? – murmurou Clarindo, algo espantado.

– Sim, procurando ajudar espontaneamente além dos deveres que me são impostos, na luta pela recuperação moral de mim mesmo, com a Bênção Divina alongarei a sementeira de simpatia em meu favor. E relanceando significativamente o olhar sobre nós, acentuou, em seguida a breve minuto de reflexão:

- Um dia, consoante às dívidas que me pedem resgate, estarei novamente entre as criaturas encarnadas e, para solver minhas culpas, também sofrerei obstáculo e dúvida, enfermidade e aflição... Que mãos caridosas e amigas me amparem daqui, em nome de Deus, porque isoladamente ninguém consegue vencer... E para que braços amorosos se me estendam, mais tarde, é imperioso movimente agora os meus no voluntário exercício da solidariedade. O ensinamento era precioso, não apenas para os dois perseguidores que o registravam, perplexos, mas também para nós que reconhecíamos, mais uma vez, a Infinita Bondade do Supremo Senhor, que, ainda mesmo nos mais tenebrosos ângulos da sombra, nos permite trabalhar pelo incessante engrandecimento do bem, como abençoado preço de nossa felicidade. Enquanto volitávamos de retorno, Hilário, antecipando-me na curiosidade, inclinou a conversação para o caso de Laudemira. Era conhecida de Silas, desde muito tempo? Assumira, assim, compromissos tão graves para com a maternidade? Que papel representavam os filhos junto dela? Credores ou devedores? Silas sorriu complacente para a argüição cerrada e explicou:

- Inegavelmente, creio que o processo redentor de nossa amiga serve por tema palpitante nos estudos de causa e efeito que vocês vão acumulando.

Entregou-se a longa pausa de consulta à memória e prosseguiu:

- Não podemos, assim de relance, mergulhar pormenorizadamente no pretérito que lhe diz respeito, nem posso de mim mesmo cometer qualquer indiscrição, abusando da confiança que a Mansão me outorga, no exercício de meus encargos.”

Do livro Ação e Reação: (André Luiz) Psicografado por Francisco Cândido Xavier.

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