quarta-feira, 24 de março de 2010

Espírito Esportivo

Um dos slogans mais conhecidos que definem a prática esportiva é aquele que diz: “Esporte é Vida, Esporte é Saúde. Pratique Esporte”. E esta realmente é uma verdade inquestionável, uma vez que se trata de uma atividade que, feita de forma adequada, só traz benefício para o corpo e a mente do ser humano.
Não se questiona também o poder educativo que o esporte traz em seu contexto. Ao praticarmos qualquer modalidade esportiva, mais importante do que a vitória são os ensinamentos de companheirismo, de respeito e de solidariedade que podemos aferir. É uma boa maneira de incutir, sobretudo na cabeça de nossas crianças, que somente com o entrosamento com outros seres e o respeito às regras é que os objetivos serão plenamente alcançados.
Além do poder educativo, o esporte possui também uma grande carga social. Através dele, temos a possibilidade de unir povos, de juntar desiguais, de dar rumo e sentido para a vida de muitas crianças e jovens que estão sem saber que caminho trilhar. São inúmeras entidades de assistência social, além de trabalhos desenvolvidos por prefeituras e governos estaduais, que usam a força do esporte para formar cidadãos, para tirar nossas crianças e jovens da marginalidade, do álcool e das drogas.
Ou seja, existe no esporte uma grande possibilidade de prestarmos, aqui na Terra, nossos deveres primordiais como espíritas, como seguidores desta doutrina consoladora e edificadora: a caridade e a busca da paz. Quantas vidas podem ser salvas com o esporte? Quantas crianças podem ser salvas das drogas, dos descaminhos, através de trabalhos exemplares pelo esporte? Quantas guerras podem ser evitadas e quantas vezes vemos a paz aflorar em tantos lugares através da prática esportiva?
Existem muitos exemplos de como o esporte pode superar fortes rancores. Na Copa do Mundo da França, em 1998, foi um marco de união e paz o jogo entre Estados Unidos e Irã, dois países notoriamente inimigos, mas que, naqueles 90 minutos de bola rolando, deixaram de lado suas diferenças em nome da paz e do espírito esportivo. Outro grande exemplo foi o famoso Santos de Pelé, Coutinho, Pepe e companhia, que chegou até a parar uma guerra na África para que todos pudessem se encantar com a magia do futebol.
Entretanto, não se percebe no movimento espírita qualquer menção neste sentido. Não se vê que o esporte, a exemplo da música, da literatura e do teatro, pode ser também uma fonte de ensinamento das virtudes cristãs. Talvez porque ainda se veja o esporte apenas por seu aspecto competitivo, sem percebe3r que ele dignifica e enobrece o homem, que aflora no competidor sério e bem orientado o respeito e o amor ao próximo.

A Importância dos Ídolos
“O importante é Competir” dizia o Barão Pierre de Coubertain, criador dos jogos olímpicos.
Questionado sobre que deveria ser o modelo, o exemplo que todo espírita deveria ter em mente para saber como conduzir sua vida e seus atos, Allan kardec disse que tal figura era Jesus Cristo. Trazendo para o âmbito esportivo, quem deve ser esse exemplo, aquele que, através de suas virtudes, mostre às gerações seguintes como agir? Esse papel cabe aos ídolos.
Assim como um filho deve se espelhar nos exemplos de seus pais, o esportista em formação terá no ídolo, no craque, no expert da modalide esportiva o modelo a ser seguido. Disto decorre também que, da mesma maneira que os pais devem tomar todo o cuidado para não ensinarem coisas erradas a seus filhos, os esportistas de destaque devem ter toda uma preocupação com suas vidas, lembrando que milhares de crianças e jovens vão seguir seus ensinamentos dentro e fora da prática esportiva.
É isso! Em sua magnanimidade e sabedoria ilimitada, Deus oferece a estes espíritos a chance de usar uma atividade sadia para trazer bons exemplos, mostrar virtudes, enfim, educar os espíritos encarnados. Usar de sua habilidade, do dom que lhe foi concedido, para trabalhar pelo bem da humanidade, pelo bem de seu semelhante.

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