domingo, 3 de maio de 2009

Mediunidade


A teoria espírita - segundo a qual os indivíduos denominados médiuns possuem uma aptidão especial para servirem de intermediários entre os mundos físico e espiritual. Esta é a teoria predominante, que hoje em dia domina as atenções, explica a maioria dos fatos e é plenamente confirmada pelas realidades. Não nega que haja fenômenos de psiquismo individual, da animismo, como se costuma dizer; estes são também fenômenos de mediunismo, que reforçam a teoria espírita e em nada lhe afetam a autenticidade científica.

As próprias Escrituras dão a mediunidade como uma herança do homem, desde que se edifique no campo da vida moral.

Nas épocas em que a humanidade vivia no regime patriarcal, de clãs ou de tribos, a mediunidade era atribuída a poucos, que exerciam um verdadeiro reinado espiritual sobre os demais.

Passou depois para os círculos fechados dos colégios sacerdotais, criando castas privilegiadas de inspirados e, por fim, foi se difundindo ente o povo, dando nascimento aos videntes, profetas, adivinhos e pitonisas, que passaram, por sua vez, a exercer inegável influência nos meios em que atuavam.

Na Ìndia como na Pérsia, no Egito, Grécia ou Roma, sempre foi utilizada coomo fonte de poder e de dominação, e tão preciosa, que originou a circunstância de somente ser concedida por meio de iniciação a poucos indivíduos de determinadas seitas e fraternidades. Somente após o advento do espiritismo, as práticas mediúnicas se popularizaram e foram postas ao alcance de todos, sem restrições e sem segredos.

A Bíblia, ela mesma, está cheia de semelhabtes manifestações, todas obtidas por meio da mediunidade. No Velho Testamento vemos os profetas, videntes e audientes inspirados, que transmitem ao povo a vontade dos Guias e, de todas as formas de mediunidade parece mesmo que a mais generalizada era a de vidência. Samuel, no Livro I, cap. 9, v.9, assim o demonstra, quando diz: "Dantes, quando se ia consultar a Deus, dizia-se vamos ao vedente; porque os que hoje se chamam profetas chamava-se videntes". Quer maior exemplo de fenômeno de incorporação que revelado por Jeremias - o profeta da paz - quando, tomado pelo espírito, pregava pelas ruas contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor! E que outro maior, de vidência no tempo, que o demonstrado por João escrevendo o Apocalipse! E como é notável de se observar que, nos remotos tempos do Velho Testamento, os fenômenos, em si mesmo, em quase nada diferiam, como dissemos, dos atualmente observados por nós.

Basta dizer os médiuns de transporte: IV Reis VI, 6; os de levitação: Ez. III, 14,15 e Atos VIII, 39,40 os de excrita direta: Êxodo XXXII 15,16 e XXXIV, 28; os fenômenos luminosos: XXXIV, 29,30 - além de muitos outros que seria longo enumerar.

Que foi Pentecoste senão a outorga de faculdades mediúnicas aos apóstolos e discípulos? Justamente por exercerem francamente a mediunidade, é que sabiam de seus perigos, dos cuidados que sua prática exigia, e sobre isso chamavam a atenção de seus discípulos.

João 14:26, 16:7 - Atos 1:2,3,5,8,9,10,11,16 - 2:4,38,39 - 4:31 - 9:17 - 10:44 - 11:15 - 13:52 - 19:6 - 20:23 - Romanos 5:5 -15:19 - Cor.12.

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